Na perspectiva da Pedagogia Histórico-crítica a divisão dicotômica entre teoria e prática, tanto na formação acadêmica da docência, como na prática pedagógica escolar, está determinada pela divisão social do trabalho que estrutura e reproduz o modo de produção capitalista vigente em nossa sociedade.
É a divisão entre o pensar e o fazer para garantir o controle econômico, sociocultural, político e ideológico da reprodução social. Ou seja, tal dicotomia não resulta simplesmente das diferenças de metodologias pedagógicas relacionadas à forma de ensinar e aprender.
Assim, cabe indagar: utilizar metodologias como a pedagogia de projetos, interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, multidisciplinaridade, possibilita de fato superar a fragmentação curricular do conhecimento sistematizado na escola?
A separação entre teoria e prática ou a articulação de ambas com finalidade pragmática e funcional, no sentido de uma “educação empreendedora”, de uma “educação que capacite e instrumentalize” para o mercado de trabalho, se presta a reproduzir a lógica do capital ou socializar conhecimentos em favor do desenvolvimento e emancipação humana? É possível que essas duas coisas caminhem juntas: lógica do capital e emancipação humana?
Conceber e praticar no processo educativo escolar a teoria e a prática como elementos separados, não tem como finalidade – de forma consciente ou não – cumprir determinada função social reprodutiva? E praticá-las como uma unidade da práxis social, pode contribuir para uma educação transformadora? Mas transformar o quê, no quê?
No vídeo a seguir o Prof. Dr. Newton Duarte discorre de forma dissertativa sobre a Contribuição da pedagogia histórico-crítica para a superação da dicotomia entre teoria e prática na educação.
Para conhecer a formação e trajetória do Prof. Dr. Newton Duarte acesse o link https://bv.fapesp.br/pt/pesquisador/90802/newton-duarte/